domingo, 12 de fevereiro de 2012

A prosperidade dos ímpios



A PROSPERIDADE DOS ÍMPIOS

Clóvis Campêlo

Meus pés quase resvalaram
ao invejar arrogantes,
que acumulam riquezas
e ocupam-se com malícias.

Têm os corpos bem nutridos
e semeiam a violência;
sua língua varre a terra,
zombam, oprimem e matam.

No entanto, estão em terreno
escorregadio e bruto,
precipitam-se em ruínas
por eles mesmos criadas;

são carne sem coração,
zumbis que andam sem alma,
desvairadas criaturas
negando a essência da vida.

Recife, 2008


3 comentários:

Carlos Lúcio Gontijo disse...

Parabéns pelo poema de versos e temáticas tão reais e verdadeiros.
Abraços,

Angélica Teresa Almstadter disse...

Eu achei bárbaro seu poema! Vc se baseou em textos bíblicos não foi, eles me lembram um salmo que não me lembro no momento qual.

Carlos Maia disse...

Belo e verdadeiro poema, Clóvis! Saudades, amigo!