terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Canção para Marylin


CANÇÃO PARA MARYLIN

Clóvis Campêlo

Inerte em sono de pedra
reténs em teu corpo apenas
as cores do simulacro.

Teus olhos planos não vêem
velhos tempos e espaços
outrora já habitados.

No entanto, sempre serás
ícone de eras modernas,
fulgurante clarão da América,
a eterna deusa morta.

Recife, 1994

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