sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A arraia pintada






Fotografias de Cida Machado e Clóvis Campêlo/2010

A ARRAIA PINTADA

Clóvis Campêlo

Houve um tempo em que era comum se encontrar peixes e crustáceos em abundância na para do Pina. Depois, o progresso chegou e os espantou. É bem verdade que nos anos 60 existia o cano que servia de emissário submarino e despejava no mar os dejetos vindos da estação de tratamento de esgotos, no bairro da Cabanga. Isso servia de alimento para os peixes que eram por eles atraídos. A pesca era farta naquele local. Pescava-se de rede, anzóis e mergulho. Havia até quem se utilizasse das temidas bombas, soltadas dentro da água e atordoando os peixes que se tornavam presas fáceis.
Nos corais existentes, havia ainda lagostas, guajás, aratus e moréias, além da mariquita um peixe vermelho abundante que ficava preso nas pequenas poças de água das pedras quando a maré baixava. a retirada do canos do local, nos anos 90, diminuiu a oferta de peixes e outros animais, e muito menos de arraias pintadas.
Hoje, por conta do assoreamento, até as pedras de corais estão desaparecendo.
Segundo a Wikipédia, a arraia pintada é um peixe da família dos miliobatídeos. A sua boca assemelha-se ao bico de uma ave e a cauda tem um chicote com até cinco ferrões que inoculam um forte veneno. Tem o dorso azul-escuro pintado com bolinhas brancas. O ventre é branco.
Pode ser encontrada em todas as águas tropicais do Atlântico. Habita normalmente os fundos de estuários e baías e é capaz de nadar grandes distâncias em mar aberto. Quando adulta, pode pesar até 120 quilos.
A arraia pintada pescada na praia de Ponta de Pedras era pequena, com cerca de 12 quilos. Enrolou-se na rede do pescador que a trouxe para a praia onde rapidamente a destrinchou. Mal deu tempo de fazermos o registro fotográfico.

Recife, 2010

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