quinta-feira, 23 de junho de 2016

Instituto Ricardo Brennand
























Fotografias de Clóvis Campêlo / 2016

INSTITUTO RICARDO BRENNAND

Clóvis Campêlo

Segunda a Wikipédia, o IRB é instituição cultural brasileira localizada na cidade de Recife, no bairro da Várzea.

Fundado em 2002 pelo colecionador e empresário pernambucano Ricardo Brennand, o instituto está sediado em um complexo arquitetônico em estilo medieval, composto por trés prédios: Museu Castelo São João, Pinacoteca, Galeria e a Capela Nossa Senhora das Graças, circundados por um vasto parque.
Possui uma coleção permanente de objetos histórico-artísticos de diversas procedências, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XXI, com forte ênfase na documentação histórica e iconográfica relacionada ao período colonial e ao Brasil Holandês, incluindo a maior coleção do mundo de pinturas de Frans Post, com vinte obras.
O instituto também abriga um dos maiores acervos de armas brancas do mundo, com mais de 3 000 peças, a maior parte proveniente da Europa e da Ásia, produzidas entre os séculos XIV e XXI. A biblioteca do instituto possui mais de 60 mil volumes, datados do século XVI em diante, destacando-se as coleções de brasiliana e obras raras.
Segundo nos contou o historiador Leonardo Dantas Silva, a ideia do Instituto surgiu quando o seu criador, o empresário Ricardo Brennand, estava nos Estados Unidos cuidando de um filho seriamente doente. Diante da drástica situação de saúde do seu herdeiro, Brennand começou a elaborar o projeto cultural que viria a se transformar no atual complexo arquitetônico, artístico e cultural.
Quando voltou ao Brasil trazendo o corpo do filho morto, desfez-se de de algumas indústrias e começou a construir o Instituto, que hoje é mantido pela renda da bilheteria e pelas vendas da lojinha que existe em seu interior.
Segundo prospecto distribuído pela instituição, a galeria tem 1.021,89 m2, com dois salões climatizados e um terraço com vista para os jardins. A pinacoteca tem 1.200 m, abrigando quatro importantes mostras: Frans Post e o Brasil Holandês, Paisagens Brasileiras do Século XIX, Coleção Janete Costa e Acácio Gil Borsoi e O Julgamento de Fouquet. A biblioteca possui cerca de 60 mil títulos, entre documentos, livros, partituras, periódicos, discos, mapas e folhetos, com o seu acervo voltado para a História do Brasil Holandês, Arte, Arquitetura, Armaria Medieval e Literatura. No Castelo São João tem um Museu de Armas com mais de 3 mil peças entre armaduras, tapeçarias, quadros, artes decorativas, esculturas e mobiliário, além de uma diversidade de espadas, adagas e outros tipos de armaria.

Recife, junho 2016

domingo, 12 de junho de 2016

O crucifixo


Fotografia de Clóvis Campêlo (junho 2016)

O CRUCIFIXO

Clóvis Campêlo

Era pau, era pedra e o fim do caminho.
Uma lança afiada pra justificar a ferida.
Era o calvário, era mais e era menos.
Talvez o símbolo do equilíbrio,
Duas retas se cruzando e
Definindo o futuro de um mito.
O sacrifício, o cordeiro de Deus imolado,
A sanha dos lobos e dos coiotes
Ainda não saciada até hoje.
O que foi feito dos peixes?
Suas linhas curvilíneas sendo
Substituídas pelos ângulos retos
Da cruz.
Da caverna do Santo Sepulcro
Ao emaranhado de linhas do Barroco.
Tudo recriado e a mesma fé cega
Que moveu a faca amolada
Do sacrifício.
A ressurreição do corpo às margens do precipício,
A solidificação da carne em
Elementos de pedra e ouro.
Um novo bezerro dourado
Ou a condensação necessária
Da esperança moderna?
Que Deus salve a todos nós!

Recife junho 2016

sábado, 11 de junho de 2016

O cais


Fotografia de Clóvis Campêlo (julho 2015)

O CAIS

Clóvis Campêlo

Nem sempre o cais é solidão ou despedida.
Também pode ser encontro e chegada,
Retorno ao ponto de partida
em outra transversal do tempo.

Nem sempre o cais é escuridão.
Também pode ser uma intensa luz azul,
descortinando novas visões do presente,
resgatando o passado do mais puro esquecimento.

Nem sempre o cais é ilusão e rigidez.
Também pode ser sólido como as pedras que o seguram
ou maleável e fluido como a água que o lava
E justifica a sua existência.

Nem sempre o cais se dissolve no ar.
Também pode se condensar numa nova vida,
Em novas crenças e amores,
Na certeza de que tudo é eterno,
Mesmo sendo passageiro.

Recife, junho 2016